Fórum apresenta campanha contra trabalho infantil e adolescente

Com o tema “Criança não deve trabalhar, infância é para sonhar”, o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil apresentou, nesta terça-feira (07), a campanha de combate ao trabalho infantil no Piauí. O objetivo é promover ações de prevenção e conscientização junto à sociedade. “Queremos aproveitar a data simbólica de 12 de junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, quando a sociedade volta os olhos para este tema, e chamar a atenção para temas prioritários, como aprendizagem de vulneráveis e a conscientização contra o trabalho infantil”, explica a secretária-executiva do Fórum, Natália Azevedo.

De 10 a 14 de junho, serão promovidas ações em Teresina e no interior do Estado. Na capital, além de panfletagens em pontos estratégicos, haverá concentração das entidades integrantes do Fórum na Praça da Liberdade, Centro de Teresina, de maneira a dialogar com a população sobre o assunto. Ações semelhantes deverão ser desenvolvidas em 22 municípios do interior do Piauí.

No Brasil - A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PnadC) de 2016 registrou 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. Isto representa 6% da população (40,1 milhões) desta faixa etária. Destes, 1,7 milhão também exerciam afazeres domésticos.

Dados do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) apontam que há 2,7 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 trabalhando no Brasil. As atividades econômicas mais problemáticas são agricultura, pecuária, silvicultura, pesca e aquicultura, concentrando 83% das crianças de 5 a 9 anos que trabalham.

Piauí - Desde janeiro de 2016, o Ministério Público do Trabalho no Piauí recebeu 87 denúncias envolvendo trabalho infantil. Entre elas estão trabalho com idade inferior a 16 anos (30), exploração sexual (12), exploração em atividades ilícitas (3), trabalhos proibidos ou protegidos (11), catação do lixo (4), trabalho infantil doméstico (6), trabalho em ruas e logradouros públicos (8) e outras formas de trabalho proibido ou protegido (13).

Para o procurador do Trabalho Edno Moura, é necessário que a população esteja consciente e não colabore com esse tipo de exploração. “As pessoas acham que estão ajudando quando compram no sinal algo que uma criança ou um adolescente vende, dizem que estão fazendo a sua parte. Mas essa atitude colabora com a exploração, muitas vezes há um adulto por trás”, alerta.

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