Novo Planejamento Estratégico pode sugerir mudanças na atuação do MPT

Com o propósito de reformular o Planejamento Estratégico do Ministério Público do Trabalho, uma oficina reuniu Procuradores do Trabalho nesta terça-feira (26) na sede da Procuradoria Regional do Trabalho 22ª Região. Segundo o Procurador-chefe Ednaldo Brito, o principal ponto da Oficina de Revisão de Planejamento Estratégico do MPT é a mudança na forma de atuação da instituição. Participaram como expositores o Vice-Procurador Geral do Trabalho, Luiz Eduardo Guimarães Bojart, e integrantes da Comissão de Planejamento Estratégico do MPT, o Procurador do Trabalho, Paulo Douglas, e a Procuradora do Trabalho, Sonia Toledo Gonçalves.
“Buscamos maior efetividade e dar à sociedade uma resposta mais alinhada com os seus anseios e necessidades. Isso deve refletir, na prática, em o MPT não atuar mais com apuração individual de cada denúncia, a não ser em casos urgentes, mas elaborar um plano de ação em setores econômicos contra determinadas empresas para identificar irregularidades que o próprio MPT, após estudo, considerou as mais relevantes. É uma mudança na forma de demanda do MPT, que atualmente é predominantemente externa e dará lugar a uma demanda criada por nós, de forma mais proativa”, explica Ednaldo Brito.
Com essa alteração, as denúncias balizarão as ações ao dar indicativos de setores problemáticos. As queixas irão para um banco de dados, passarão por triagem e, aquelas que se configurarem dentro do plano de ação, serão prioridade.
O Procurador do Trabalho em Mato Grosso do Sul, Paulo Douglas Almeida de Moraes, explica que a reformulação busca o aperfeiçoamento das ações do MPT. “Nesse caminhar, percebeu-se a necessidade de formalizar um pouco mais a atuação desta instituição. Chegamos a um patamar de amadurecimento sobre o foco, que passa a ser no resultado e não mais no processo, na magnitude do impacto que nossa atuação gera na sociedade”, ele esclarece.
Desta maneira, o MPT busca melhorar a vida do trabalhador em sua dimensão coletiva. “A sociedade é nosso destinatário último, então, o planejamento deixa de ser uma peça formal e passa a ser um direcionador para nossas atuações, buscando medir não apenas o esforço da instituição na obtenção de metas e impacto na sociedade, mas também indicadores do resultado desse impacto, de modo a poder corrigir os caminhos estratégicos que, eventualmente, não estejam trazendo o resultado esperado”, finaliza.

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